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Vamos falar sobre conformidade em Projetos Culturais?

de Elisângela Dias Menezes abril 2, 2025
escrito por Elisângela Dias Menezes

No cenário dinâmico dos projetos culturais, obter conformidade e licenciamentos adequados é um desafio constante para produtores executivos. 

Ao planejar e executar um projeto cultural, é essencial garantir que todos os aspectos relacionados a direitos autorais, contratos de uso de imagem e licenciamentos culturais estejam devidamente regularizados. 

Ignorar essas questões pode resultar não apenas em prejuízos financeiros, mas também na interrupção de projetos por questões legais inesperadas. 

Por isso, conhecer as melhores práticas para a obtenção de conformidade e licenciamentos é importante para assegurar que o projeto tenha uma base jurídica sólida e livre de riscos.

Cenário atual

Para o setor artístico e a indústria do entretenimento, o processo de licenciamento envolve uma série de etapas fundamentais. 

Primeiramente, é imprescindível identificar todas as obras protegidas por direitos autorais que serão utilizadas durante o projeto. 

Isso inclui músicas, roteiros, textos, imagens e qualquer outro material criativo que não seja de domínio público.

A obtenção das licenças necessárias deve ser feita por meio de contratos bem estruturados que detalhem claramente os direitos concedidos e as limitações de uso. 

Contratos protegem projetos culturais

Neste contexto, o contrato de cessão de direitos autorais e o contrato de licença de uso são documentos imprescindíveis para garantir que o projeto cultural seja executado dentro dos parâmetros legais.

A proteção dos direitos autorais não se restringe apenas ao uso de obras alheias. O produtor executivo também deve estar atento à proteção das criações próprias que são desenvolvidas durante o projeto. 

Nesse sentido, o registro de obras intelectuais é medida preventiva importante para assegurar os direitos exclusivos sobre as criações originais. 

Além das opções mais tradicionais como o registro junto à Biblioteca Nacional ou ao Escritório de Arrecadação de Direitos Autorais (ECAD), hoje também se pode registrar obras autorais via blockchain, por meio de sites como o da Câmara Brasileira do Livro, Authora ou Gennio.

Outro aspecto relevante é o uso de imagem de artistas, colaboradores e participantes do projeto cultural. Para garantir a conformidade jurídica, é indispensável obter autorizações expressas por meio de contratos específicos que determinem a finalidade e o prazo do uso da imagem, evitando assim futuras reivindicações ou litígios.

Regulamentação digital também faz parte do processo

No âmbito da regulamentação digital, os desafios tornam-se ainda mais complexos. 

Projetos culturais que utilizam plataformas online, como transmissões ao vivo, disponibilização de conteúdos em redes sociais e plataformas de streaming, exigem uma atenção especial às licenças digitais e aos direitos de distribuição. 

Em alguns casos, o licenciamento pode abranger contratos de sincronização, especialmente quando músicas protegidas por direitos autorais são utilizadas em vídeos ou conteúdos audiovisuais.

A gestão jurídica preventiva é, sem dúvida, uma ferramenta indispensável para o sucesso de projetos culturais. 

Ao adotar uma abordagem preventiva, o produtor executivo é capaz de mitigar riscos e evitar contratempos que poderiam comprometer o andamento do projeto. 

Como um especialista como ajudar na conformidade do seu projeto cultural? 

Consultar um advogado especializado em propriedade intelectual e direito digital durante as fases iniciais do planejamento é uma prática comum para garantir que todos os contratos sejam elaborados de acordo com a legislação vigente e estejam adaptados às necessidades específicas do projeto.

Além disso, a conformidade adequada permite que o produtor executivo mantenha uma reputação sólida no mercado, demonstrando profissionalismo e respeito pelas normas jurídicas. 

Também é importante ressaltar que, ao estruturar contratos de licenciamento, o produtor pode assegurar condições vantajosas tanto para o uso de obras de terceiros quanto para a exploração comercial de suas próprias criações.

A orientação jurídica também se revela um passo importante para identificar oportunidades estratégicas, como o uso de licenças abertas, que podem facilitar o desenvolvimento de projetos colaborativos e a distribuição de conteúdos culturais de forma mais acessível e democrática. 

Inclusive para projetos que visam o alcance de públicos amplos, compreender as diferenças de oportunidades entre licenciamentos comerciais e gratuitos é fundamental para evitar contratempos legais e garantir o uso adequado das obras licenciadas.

Em resumo, obter conformidade em projetos culturais é um processo que exige planejamento, conhecimento técnico e suporte jurídico especializado. 

Seja para proteger criações próprias, licenciar obras de terceiros ou garantir o uso adequado de imagens e conteúdos digitais, a assessoria jurídica ajuda a evitar riscos e assegurar que o projeto possa ser executado com tranquilidade e segurança.

Se você é um produtor executivo que deseja garantir que seu projeto cultural esteja devidamente licenciado e protegido, busque orientação jurídica especializada e personalizada para suas necessidades. 

A proteção jurídica é o primeiro passo para o sucesso sustentável dos seus projetos culturais.

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Contratos de produções audiovisuais: proteção jurídica e gestão eficiente para artistas e produtores

de Elisângela Dias Menezes março 13, 2025
escrito por Elisângela Dias Menezes

A indústria audiovisual envolve múltiplos profissionais e uma diversidade de contratos essenciais para garantir segurança jurídica e viabilizar produções com transparência e equilíbrio de direitos.

Para artistas, criadores digitais e produtores de conteúdo, compreender os instrumentos contratuais adequados é importante para proteger direitos autorais, garantir remuneração justa e evitar litígios. 

A formalização correta dos contratos previne problemas futuros e organiza as relações entre os envolvidos, permitindo que cada parte conheça suas responsabilidades e limitações no projeto. 

Seja para diretores, roteiristas, produtores executivos, músicos ou influenciadores digitais, a estruturação jurídica adequada é indispensável para assegurar a legalidade da produção e a exploração comercial do conteúdo.

Um dos principais contratos no audiovisual é o de prestação de serviços artísticos, que formaliza a relação entre profissionais como diretores, roteiristas, cenógrafos, figurinistas e fotógrafos com a produtora ou contratante. 

Esse contrato define o escopo do trabalho, a remuneração, os prazos de entrega e eventuais cláusulas de cessão de direitos autorais sobre a obra criada. 

Para profissionais que contribuem com elementos criativos essenciais à identidade do projeto, é preciso especificar a titularidade dos direitos e eventuais limitações na exploração posterior do conteúdo.

Outro instrumento indispensável é o contrato de produção executiva, que estabelece as obrigações do profissional ou empresa responsável pela gestão operacional do projeto. 

O produtor executivo lida com captação de recursos, coordenação de equipes, cronograma e execução financeira da obra. 

O contrato deve estipular a responsabilidade sobre orçamentos, prestação de contas, pagamentos a fornecedores e potenciais riscos jurídicos inerentes à atividade. Uma definição clara das obrigações evita conflitos e assegura a transparência na condução do projeto.

A utilização de locações para filmagens é também um ponto de atenção e também precisa estar sob  proteção de um contrato de locação de cenários, no qual são detalhados os direitos e deveres do produtor e do proprietário do espaço. 

Ainda que a utilização do espaço seja gratuita, o contrato irá assegurar aspectos como período de utilização, condições de conservação do imóvel, possíveis danos e eventuais limitações na exibição das imagens captadas. 

Inclusive, em produções de grande porte, é recomendável prever cláusulas especiais sobre seguros e indenizações para evitar prejuízos decorrentes de incidentes durante as gravações.

No contexto musical, a incorporação de trilhas sonoras ao conteúdo audiovisual demanda um contrato de cessão ou sincronização de trilha sonora. Esse instrumento autoriza a utilização da música na obra, determinando a duração, os territórios de exibição e a modalidade de exploração comercial. 

Quando a trilha sonora inclui composições protegidas por direitos autorais, é necessário negociar com titulares de direitos e entidades de gestão coletiva, garantindo o licenciamento adequado.

 A ausência desse contrato pode resultar em processos por uso indevido, além de restrições na distribuição da obra.

Outro aspecto sensível da produção audiovisual é a titularidade da obra, especialmente quando há mais de um criador envolvido no desenvolvimento do projeto. 

Nas produções audiovisuais, por força da lei de direitos autorais (lei 9.610 de 1998), o autor do argumento (enredo do filme), autor da trilha sonora e diretor artístico são considerados como coautores do filme. 

Será sempre necessário que esses coautores, conjuntamente, cedam seus direitos para a empresa (produtora de vídeo ou de cinema) ou pessoa realizadora da obra, que está investindo comercialmente na produção e deve deter todos os direitos para viabilizar a exibição. 

Muitas vezes, inclusive, trata-se de uma correalização, o que significa dizer que mais de uma empresa ou pessoa física dividem este papel de investimento. 

Neste caso, entra em cena o contrato de cotitularidade sobre obra audiovisual, para definir a divisão dos direitos entre os realizadores, estabelecendo percentuais de participação em receitas futuras e regras para exploração comercial. 

Esta formalização evita disputas e garante que os envolvidos sejam devidamente reconhecidos e remunerados.

Ainda há outros contratos necessários. O uso de imagens de terceiros em conteúdos audiovisuais, por exemplo, exige contratos de licença de uso de imagem, instrumento indispensável para autorizar a exibição da pessoa em uma produção. 

Este contrato deve especificar a finalidade da captação, os meios de exibição e a duração da autorização. 

Em casos que envolvem influenciadores digitais ou personalidades públicas, é recomendável que o contrato preveja cláusulas sobre a vinculação da imagem a marcas ou campanhas publicitárias.

Além disso, produções audiovisuais frequentemente utilizam conteúdos diversos, como fotografias, ilustrações e vídeos de terceiros. Para evitar problemas de infração de direitos autorais, é imprescindível contar com licenças autorais de uso de conteúdos diversos.

Tais contratos garantem a permissão para incorporar elementos à obra, evitando litígio por uso indevido. 

A aquisição de licenças pode ser feita diretamente com os criadores ou por meio de bancos de imagens e vídeos licenciados, que oferecem pacotes de uso conforme a necessidade do projeto.

Como se vê, a gestão jurídica eficiente no audiovisual passa pelo planejamento preventivo e pelo suporte de profissionais especializados na elaboração e revisão de contratos. 

Um dos erros mais comuns no setor é a informalidade nas contratações, o que pode resultar em disputas judiciais, dificuldades na distribuição da obra e até mesmo na impossibilidade de exibição do conteúdo devido à ausência de direitos devidamente assegurados. 

Empresas e artistas que investem na estruturação adequada dos contratos garantem maior previsibilidade jurídica, evitam passivos legais e fortalecem a profissionalização do setor.

Diante da complexidade dos contratos no audiovisual, é recomendável buscar assessoria jurídica especializada para revisar cláusulas contratuais, orientar sobre práticas de compliance e garantir que todos os direitos e deveres estejam devidamente documentados. 

A formalização correta dos acordos protege os envolvidos, viabiliza a monetização segura das produções e amplia as possibilidades de licenciamento e exibição em diferentes mercados. 

De todo o exposto, decorre uma certeza: a adoção de boas práticas jurídicas é um diferencial estratégico para artistas e criadores digitais que desejam atuar com segurança e profissionalismo no setor audiovisual.

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março 13, 2025 0 Comente
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Segredo Industrial: o que é e por que você precisa protegê-lo?

de Elisângela Dias Menezes março 5, 2025
escrito por Elisângela Dias Menezes

Quando falamos em segredo industrial, muitas pessoas associam imediatamente a grandes fábricas e complexos processos produtivos. No entanto, essa visão é limitada e não reflete a verdadeira abrangência do conceito.

O segredo de negócios, que inclui o segredo industrial e o segredo de comércio, é um ativo estratégico que pode impactar diretamente a competitividade de qualquer empresa, seja ela uma startup de tecnologia, uma produtora de conteúdo digital ou um estúdio criativo.

A falta de clareza sobre o que constitui um segredo de negócios pode levar empresas e profissionais a subestimarem sua importância, deixando informações valiosas desprotegidas. 

No ambiente digital e inovador da atualidade, proteger segredos de negócios pode ser tão essencial quanto registrar uma patente ou uma marca.

Neste artigo, vamos esclarecer as diferenças entre segredo industrial, segredo de comércio e segredo de negócios, explicando por que a nomenclatura pode confundir e quais os riscos de não adotar uma estratégia preventiva.

O que é segredo industrial e por que o termo pode ser enganoso?

O conceito de segredo industrial surge do direito da propriedade intelectual e é tradicionalmente associado à proteção de processos e fórmulas de produção. 

A Coca-Cola é um exemplo clássico: sua fórmula original nunca foi patenteada, mas se mantém como segredo bem guardado há mais de um século.

No entanto, o termo “segredo industrial” pode dar a falsa impressão de que essa proteção se restringe ao setor fabril.

Na realidade, informações estratégicas de empresas de tecnologia, startups, desenvolvedores de software e criadores de conteúdo digital também podem ser protegidas por essa modalidade jurídica.

Para abranger todas essas situações, legislações mundo afora e especialistas passaram a adotar o termo segredo de negócios, que engloba tanto o  industrial quanto o segredo de comércio.

Segredo de negócios: um conceito mais amplo e estratégico

O segredo de negócios pode ser definido como qualquer informação valiosa que não seja de conhecimento público e que proporcione uma vantagem competitiva. 

Isso inclui, por exemplo:

  • Fórmulas e processos de fabricação (segredo industrial).
  • Métodos de marketing e estratégias comerciais (segredo de comércio).
  • Algoritmos e códigos-fonte de softwares.
  • Dados estratégicos sobre clientes e fornecedores.
  • Técnicas de produção de conteúdo e métodos exclusivos de criação digital.

A distinção entre segredo industrial e segredo de comércio surgiu na doutrina jurídica para diferenciar aspectos produtivos e comerciais das empresas. Entretanto, na prática, esses conceitos frequentemente se sobrepõem.

O risco da falta de proteção: casos reais

Empresas que não adotam medidas adequadas para proteger seus segredos comerciais podem enfrentar vazamentos de informações, perda de vantagem competitiva e até litígios complexos.

Um caso famoso foi o da Google vs. Uber, que envolveu a tecnologia de veículos autônomos. Em 2017, a Waymo, uma subsidiária do Google, processou a Uber por suposto roubo de segredo comercial, alegando que um ex-funcionário teria levado consigo informações sigilosas para seu novo empregador. 

O caso foi resolvido com um acordo milionário, mas expôs a importância da proteção legal de ativos intangíveis.

Outro exemplo relevante no setor de tecnologia foi a disputa entre a Apple e a Samsung, que envolveu não apenas patentes, mas também alegações de apropriação indevida de informações comerciais.

No Brasil, casos semelhantes ocorrem frequentemente, especialmente em empresas de tecnologia que lidam com desenvolvimento de software, big data e inteligência artificial.

Como proteger seu segredo de negócios?

Para evitar riscos, a proteção jurídica de segredos comerciais deve ser uma prioridade para empresas e criadores. Algumas medidas fundamentais incluem:

  1. Acordos de Confidencialidade (NDAs): contratos que estabelecem a obrigação de manter informações estratégicas em sigilo.
  2. Políticas internas de proteção da informação: restrição de acesso a dados críticos apenas a colaboradores primordiais.
  3. Proteção digital e criptografia: especialmente relevante para empresas de tecnologia e produção digital.
  4. Monitoramento de concorrência e propriedade intelectual: para evitar vazamentos e apropriação indevida por terceiros.

Além disso, contar com assessoria jurídica especializada em direito digital e propriedade intelectual pode ser um diferencial para garantir que sua empresa adote as melhores práticas preventivas.

Não subestime o valor dos seus segredos de negócios

Por fim, o conceito de segredo industrial pode parecer restrito à indústria, mas, na realidade, qualquer empresa que dependa de informações estratégicas para operar deve se preocupar com a sua proteção. 

Seja no setor de tecnologia, na indústria criativa ou no comércio digital, os segredos comerciais são ativos valiosos que precisam de segurança jurídica.

Se sua empresa ainda não adotou medidas para proteger seus segredos de negócios, agora é o momento certo para agir. Entre em contato para entender como estruturar uma gestão jurídica eficiente e blindar sua inovação no mercado.

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Direito Digital e Inovação Os Desafios Legais para Startups e empreendedores
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Direito Digital e Inovação: Os Desafios Legais para Startups e Empreendedores

de Elisângela Dias Menezes fevereiro 24, 2025
escrito por Elisângela Dias Menezes

A revolução digital trouxe novas oportunidades para empreendedores e startups que buscam inovar e conquistar mercados. No entanto, a inovação tecnológica e a economia digital também impõem desafios jurídicos que podem impactar diretamente o sucesso desses negócios.

Questões como proteção de dados, propriedade intelectual, compliance regulatório e contratos digitais precisam ser abordadas desde os estágios iniciais de uma empresa para evitar riscos que comprometam sua viabilidade e crescimento.

O direito digital se tornou um pilar para a segurança jurídica das startups, garantindo que sua inovação esteja devidamente protegida e conforme a legislação vigente. 

Empresas do setor de tecnologia, criadores de conteúdo, desenvolvedores de software e produtores culturais precisam adotar uma abordagem estratégica na gestão de seus ativos jurídicos, reduzindo vulnerabilidades e aumentando seu potencial competitivo.

O papel do direito digital na proteção de startups e empresas inovadoras

A jornada de uma startup ou empresa inovadora começa com uma ideia. No entanto, para transformar essa ideia em um modelo de negócios escalável e seguro, é fundamental que seus fundadores adotem medidas preventivas de proteção jurídica. 

O registro de propriedade intelectual, a segurança jurídica de contratos e o compliance regulatório são alguns dos fatores que devem ser considerados desde o início.

Além disso, em um ambiente cada vez mais digital, a adequação às normas de proteção de dados pessoais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é requisito obrigatório para qualquer empresa que lide com informações de usuários.

Ignorar essas exigências pode resultar em penalidades severas, comprometendo a reputação e a continuidade do negócio.

Desafios jurídicos para startups e empreendedores da tecnologia

Empresas do setor de tecnologia lidam com uma série de desafios legais que precisam ser gerenciados estrategicamente. 

Um dos primeiros aspectos a considerar é a propriedade intelectual, especialmente quando se trata de software, algoritmos, marcas e patentes. 

Registrar esses ativos garante que a empresa tenha direitos exclusivos sobre suas inovações e evita disputas judiciais no futuro.

Outro ponto crítico é a regulamentação da privacidade e proteção de dados. Startups que coletam e processam informações de usuários devem estar alinhadas às diretrizes da LGPD, implementando medidas de segurança para evitar vazamentos e acessos indevidos.

Além disso, é importante estruturar contratos de termos de uso e políticas de privacidade, deixando claro como os dados serão utilizados e garantindo a transparência para os consumidores.

O licenciamento de software também deve ser prioridade para startups que desenvolvem soluções tecnológicas. Definir claramente os direitos de uso, distribuição e modificação do código-fonte evita disputas e protege o modelo de negócios da empresa. 

Além disso, parcerias e investimentos exigem um planejamento contratual sólido, especialmente em rodadas de investimento, nas quais questões como participação societária, cláusulas de vesting e proteção do capital intelectual devem ser estabelecidas de forma clara.

A importância da assessoria jurídica preventiva na inovação digital

A gestão jurídica de uma startup ou negócio inovador não deve ser encarada apenas como uma obrigação burocrática, mas sim como uma estratégia para o crescimento seguro e sustentável.

A prevenção de riscos reduz a possibilidade de litígios, protege ativos valiosos e garante a conformidade com normas regulatórias que impactam diretamente o mercado digital.

Empresas que investem em um planejamento jurídico desde os primeiros passos conseguem evitar problemas que poderiam comprometer sua operação no futuro.

Isso inclui a formalização de contratos claros e bem estruturados, a proteção da propriedade intelectual, a conformidade com a legislação de dados e privacidade e a segurança jurídica em transações comerciais e parcerias estratégicas.

Diante dos desafios do mercado digital, contar com o suporte jurídico especializado em direito digital e inovação permite que startups e empreendedores tenham mais segurança para desenvolver seus projetos, explorar novas oportunidades e expandir seus negócios sem surpresas jurídicas indesejadas.

Conclusão

O direito digital atua na construção de negócios inovadores, seguros e escaláveis. Startups e empreendedores que ignoram as questões podem enfrentar desafios que comprometem sua trajetória no mercado, desde disputas por propriedade intelectual até penalidades por descumprimento de legislações.

A proteção jurídica deve ser uma prioridade desde o início da jornada empreendedora, garantindo que inovações sejam resguardadas, contratos sejam bem elaborados e a conformidade regulatória seja cumprida. 

O apoio de especialistas na área permite que empresas de tecnologia e do setor criativo cresçam de forma segura, minimizando riscos e aproveitando todas as oportunidades da economia digital.

Se sua empresa precisa de suporte jurídico para estruturar sua inovação e garantir conformidade com as leis do mercado digital, busque ajuda especializada e descubra como podemos ajudar na gestão jurídica da sua startup ou empreendimento.

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Propriedade Intelectual em Escala Global: o que se deve ter em mente?

de Elisângela Dias Menezes fevereiro 11, 2025
escrito por Elisângela Dias Menezes

Expandir uma startup para mercados internacionais representa uma oportunidade significativa de crescimento, mas também impõe desafios jurídicos que exigem planejamento cuidadoso. A proteção da propriedade intelectual é um dos aspectos mais críticos desse processo, vez que marcas, patentes, direitos autorais e segredos industriais precisam estar resguardados para garantir a exclusividade e evitar conflitos legais. 

Sem uma estratégia bem definida, empresas inovadoras podem se deparar com obstáculos que comprometem sua competitividade e até mesmo sua permanência no novo mercado.

Proteção dos ativos Intelectuais

Ao internacionalizar um negócio, um dos primeiros pontos a serem considerados é a proteção da marca. Uma identidade bem estabelecida pode perder valor se não for devidamente registrada no país de destino. 

Muitas empresas se surpreendem ao descobrir que sua marca já pertence a um terceiro em determinado mercado, o que pode acarretar restrições de uso ou a necessidade de negociar a aquisição dos direitos. 

Além disso, a pirataria e o uso indevido por concorrentes são problemas recorrentes quando uma empresa opera globalmente sem proteção legal adequada. 

Para evitar esse tipo de situação, o Protocolo de Madri permite o registro internacional da marca em diversos países por meio de um único pedido, o que simplifica o processo e reduz custos. 

Antes de ingressar em um novo mercado, é essencial realizar buscas de anterioridade para garantir que não haja conflitos com marcas pré-existentes e monitorar continuamente o uso indevido da identidade da empresa.

No caso de startups que desenvolvem tecnologias inovadoras, a proteção por meio de patentes se torna fator determinante. O processo de patenteamento é territorial, o que significa que uma patente concedida no Brasil não terá validade automática em outros países.

Para garantir essa proteção, uma alternativa é o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), que permite solicitar patentes simultaneamente em mais de 150 países. 

A decisão sobre quais mercados priorizar deve levar em conta o potencial comercial do produto e a existência de concorrentes capazes de copiar a inovação. 

Além disso, é fundamental manter a confidencialidade do projeto até que o pedido de patente seja formalizado, evitando divulgações prematuras que possam comprometer sua exclusividade.

Para empresas do setor criativo e digital, a proteção dos direitos autorais exige um olhar atento às diferentes legislações locais. Embora convenções internacionais, como a Convenção de Berna, garantam proteção automática para obras criativas, algumas jurisdições possuem regras específicas sobre registro, licenciamento e domínio público. 

O uso indevido de conteúdos digitais, como plágios e reproduções não autorizadas, é um problema comum e pode exigir ações judiciais para garantir os direitos do autor. 

Nesse contexto, o registro formal da obra em órgãos reconhecidos, como o Escritório de Direitos Autorais do Brasil ou o U.S. Copyright Office, pode ser um recurso adicional para facilitar a comprovação da autoria em disputas legais. 

Além disso, ferramentas de monitoramento digital ajudam a identificar infrações e tomar medidas contra cópias não autorizadas na internet.

Gestão Estratégica da PI e Compliance Jurídico

Além do registro e da proteção formal dos ativos intangíveis, a expansão internacional exige uma abordagem estratégica para a gestão da propriedade intelectual.

Um dos principais desafios é a proteção do know-how e dos segredos industriais da empresa. Tecnologias, processos de fabricação e informações estratégicas muitas vezes não podem ser patenteados, tornando necessário o uso de contratos de confidencialidade (NDAs) para proteger informações sensíveis.

Empresas que expandem para países onde a legislação sobre segredos comerciais é menos rígida precisam reforçar a segurança da informação e restringir o acesso apenas a profissionais essenciais dentro da organização. 

A arregimentação de colaboradores por concorrentes locais também é um risco relevante, especialmente quando o conhecimento técnico de determinados profissionais representa um diferencial competitivo para a empresa.

A conformidade com as regulamentações locais também deve ser levada em conta. Cada país tem leis específicas sobre propriedade intelectual, o que pode impactar diretamente a estratégia da startup. A propósito, alguns mercados também exigem que tecnologias estrangeiras sejam compartilhadas com empresas locais, enquanto outros possuem regras que dificultam a aplicação de certos contratos de licenciamento. 

Antes de ingressar em um novo país, é importante analisar os tratados internacionais que regem a propriedade intelectual e garantir que a empresa atue em conformidade com as normas locais. 

Nesse sentido, a consultoria jurídica especializada pode ajudar ao orientar a empresa na elaboração de contratos, na condução de registros e na mitigação de riscos legais.

Além disso, a escolha do modelo de expansão pode influenciar diretamente na proteção da propriedade intelectual. 

Em vez de estabelecer operações diretas em um novo mercado, algumas startups optam por licenciar suas tecnologias para empresas locais, o que reduz o risco de litígios relacionados a propriedade intelectual. 

Parcerias estratégicas, como joint ventures e franquias, também podem ser alternativas viáveis para minimizar os desafios jurídicos da internacionalização. 

No entanto, qualquer modelo adotado deve ser acompanhado de contratos sólidos que assegurem os interesses da empresa e evitem ambiguidades que possam comprometer a proteção dos seus ativos.

O mundo é um mercado muito profissional

Expandir um negócio para o cenário internacional sem uma estratégia robusta de propriedade intelectual pode representar um risco significativo para startups e empresas inovadoras.

A proteção de marcas, patentes, direitos autorais e segredos industriais deve ser encarada como um pilar fundamental do crescimento global, garantindo segurança jurídica e competitividade no mercado externo. 

Uma abordagem proativa, que envolva o registro adequado dos ativos e a conformidade com regulamentações locais, evita complicações legais e assegura que a inovação permaneça sob o controle da empresa.

Se sua empresa está planejando expandir para mercados internacionais, contar com assessoria jurídica especializada pode ser o diferencial para uma estratégia bem-sucedida. 

Com um planejamento adequado, é possível mitigar riscos, fortalecer a proteção dos ativos intangíveis e garantir que o crescimento global aconteça de forma segura e sustentável.

fevereiro 11, 2025 0 Comente
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Google e o risco da separação: um alerta sobre práticas de monopólio

de Elisângela Dias Menezes setembro 16, 2024
escrito por Elisângela Dias Menezes

Recentemente, uma notícia de grande impacto no cenário internacional trouxe à tona discussões sobre a regulação das big techs: o Google pode ser forçado a se separar da Alphabet, controladora da gigante de buscas, em decorrência de uma ação antitruste. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça alega que o Google tem abusado de sua posição dominante no mercado de buscas online, sufocando concorrentes e limitando a inovação.

Essa ação levanta uma questão central no campo do direito concorrencial: até que ponto o domínio de mercado pode ser considerado monopólio, e quando a intervenção estatal se torna necessária?

No Brasil, a regulação de condutas anticoncorrenciais é feita principalmente pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), cuja função é garantir a livre concorrência e combater abusos de posição dominante. O caso do Google serve como exemplo de uma prática que, embora mais evidente no cenário norte-americano, também ocorre em outros mercados, como o brasileiro. Aqui, grandes corporações podem utilizar seu poder econômico para criar barreiras artificiais, impedindo a entrada de novos competidores.

Essa estratégia é comum em mercados altamente concentrados e, muitas vezes, caracteriza-se pela exclusão de concorrentes menores ou pela imposição de acordos de exclusividade.

A discussão vai além da simples violação das normas de concorrência, tocando em temas sensíveis como a proteção ao consumidor e à inovação tecnológica. No Brasil, o CADE já interveio em diversos casos de monopólio e concentração de mercado. Um exemplo marcante foi o caso envolvendo a BRF (empresa resultante da fusão entre Perdigão e Sadia), no qual o CADE impôs restrições severas para evitar a criação de um monopólio no setor de alimentos. A intervenção visava garantir que a fusão não afetasse a concorrência nem o consumidor final, assegurando preços justos e o acesso a produtos diversificados.

Outro exemplo de atuação do CADE foi o caso da aquisição da Time Warner pela AT&T, que exigiu a análise dos possíveis impactos sobre a concorrência no mercado brasileiro de TV por assinatura e serviços de streaming.

O caso do Google reflete situações em que grandes corporações criam barreiras artificiais para novos entrantes, utilizando seu poder econômico e tecnológico para consolidar um monopólio. Tais práticas, como a exclusão de concorrentes menores ou a exigência de acordos de exclusividade com parceiros, são típicas de mercados concentrados e podem ser consideradas anticompetitivas.

A separação entre a Alphabet e o Google, se concretizada, seria uma medida drástica e inédita, cujo propósito é justamente devolver equilíbrio ao mercado. Uma decisão norte-americana nesse sentido pode gerar um efeito dominó, influenciando o modo como autoridades brasileiras também lidarão com as gigantes tecnológicas.

O olhar jurídico sobre as práticas de mercado das grandes empresas de tecnologia é crucial. O desfecho deste processo pode marcar um divisor de águas na forma como a regulação de mercado será aplicada globalmente. No Brasil, à medida que o CADE se depara com novos desafios no setor tecnológico, é crucial que estejamos atentos às tendências globais. O caso do Google oferece uma oportunidade única para refletir sobre o impacto das grandes corporações no desenvolvimento da inovação e no bem-estar dos consumidores.

Entender as implicações desse tipo de decisão para o direito concorrencial brasileiro é fundamental para que possamos antecipar os efeitos no nosso sistema regulatório e na proteção da inovação.

No final, a pergunta que fica é: como equilibrar a proteção à concorrência com o incentivo à inovação, sem sufocar o potencial transformador das grandes empresas de tecnologia?

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setembro 16, 2024 0 Comente
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Business

Secondment: a inovação jurídica que está transformando a cultura das empresas

de Elisângela Dias Menezes julho 10, 2024
escrito por Elisângela Dias Menezes

Originário do Reino Unido, o termo “secondment” descreve o processo pelo qual advogados são temporariamente transferidos para atuar dentro das empresas clientes, oferecendo suporte jurídico in loco.

No mundo empresarial dinâmico de hoje, a prevenção é a chave para a sustentabilidade e o sucesso em longo prazo. A advocacia preventiva, muitas vezes ofuscada pelo brilho do contencioso (tribunais), é uma ferramenta subestimada que pode economizar recursos significativos.

Antes que os problemas se transformem em litígios, um advogado especializado pode oferecer aconselhamento estratégico que abrange diversas áreas do conhecimento. Essa abordagem transdisciplinar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade, pois o advogado moderno deve ser versado em gestão, economia, tecnologia, inovação, psicologia e administração.

Neste cenário multifacetado surge o “secondment“, um termo que, embora novo para muitos, reflete uma prática crescente no mundo jurídico. Este modelo de trabalho permite uma imersão completa no ambiente e nas necessidades específicas do negócio, resultando em uma assessoria jurídica mais eficaz e personalizada.

O “secondment” é uma prática jurídica inovadora que está redefinindo o papel dos advogados dentro das empresas. Tradicionalmente, os advogados atuam como consultores externos, mas com o secondment, eles são integrados às equipes internas das empresas, atuando como conselheiros jurídicos in-house. 

Essa integração permite que os advogados compreendam profundamente as operações diárias, a cultura organizacional e as estratégias de negócios da empresa, o que resulta em aconselhamento jurídico mais alinhado e proativo.

No ambiente corporativo, em que a velocidade das decisões pode ser crucial, ter um advogado disponível para consultas imediatas é uma vantagem significativa.

O advogado secondment pode responder rapidamente a questões legais emergentes, oferecer orientação em tempo real durante negociações e ajudar a moldar políticas internas para garantir conformidade regulatória.

Além disso, essa proximidade com as operações do dia a dia permite que o advogado identifique potenciais riscos legais antes que se transformem em problemas maiores.

Empresas que adotam o modelo de secondment, geralmente, buscam não apenas a expertise jurídica, mas também a capacidade do advogado de atuar como um parceiro de negócios. 

O advogado torna-se um elemento-chave na equipe, contribuindo para o planejamento estratégico e para a tomada de decisões informadas.

Isso é particularmente valioso em setores altamente regulamentados ou em momentos de mudanças legislativas significativas, nos quais a orientação jurídica pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.

O papel do advogado em regime de secondment também inclui a educação e o treinamento da equipe sobre questões legais relevantes.

Ao promover uma maior conscientização legal entre os funcionários, as empresas podem reduzir a incidência de violações involuntárias e fortalecer a cultura de conformidade.

Esse tipo de prática, incorporada à cultura organizacional da empresa, não apenas a protege contra litígios, mas também constrói uma reputação de integridade e responsabilidade corporativa.

Além dos benefícios operacionais e estratégicos, o secondment oferece vantagens econômicas. A substituição de colaboradores jurídicos internos afasta os custos com encargos trabalhistas.

Além disso, ao evitar a necessidade de recorrer constantemente a consultorias jurídicas externas de diferentes áreas do Direito, as empresas podem reduzir custos significativos.

Sem contar que a presença constante de um advogado também pode diminuir a probabilidade de disputas legais caras, pois a maioria dos problemas pode ser resolvida internamente, antes de escalar.

Em resumo, o secondment representa uma abordagem moderna e integrada à consultoria jurídica, que beneficia tanto as empresas quanto os advogados envolvidos.

Para as empresas, significa aconselhamento jurídico mais ágil e alinhado com seus objetivos de negócios. Para os advogados, oferece a oportunidade de desenvolverem uma compreensão mais rica dos desafios comerciais e de contribuir diretamente para o sucesso da empresa. É uma prática que reflete e atende às necessidades de um mundo empresarial em constante evolução.

Convido você a explorar mais sobre esta prática transformadora e a acompanhar minhas análises e insights sobre o direito digital e a propriedade intelectual nas redes sociais. Junte-se a mim nesta jornada de descoberta e inovação jurídica, em que cada post é uma oportunidade de aprendizagem e crescimento conjunto.

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Business

Patentes: tudo o que você precisa saber para proteger sua invenção

de Elisângela Dias Menezes novembro 13, 2023
escrito por Elisângela Dias Menezes

Você sabia que muitas invenções geniais foram perdidas ou roubadas por falta de registro de patentes? Isso mesmo! Muitos inventores não sabem como proteger sua propriedade intelectual e acabam ficando sem os direitos sobre suas criações.

Por exemplo, você sabia que o telefone, a lâmpada e o avião foram objetos de disputas judiciais por causa de patentes? E que o brasileiro Santos Dumont teve de provar que foi o primeiro a voar em um aparelho mais pesado do que o ar, contra os irmãos Wright, que tinham uma patente nos Estados Unidos?

Para evitar esses problemas e garantir que você possa usufruir dos benefícios de sua invenção, é fundamental conhecer o que é uma patente, como funciona, como registrar, como fazer, quem pode fazer, qual a diferença entre patente e registro, entre patente e marca, o que é uma patente compartilhada, qual a relação entre patente e propriedade intelectual, quais as patentes mais expressivas que existem e quais as patentes brasileiras mais famosas.

Neste texto, vamos responder a todas essas perguntas de forma simples e compreensível. Acompanhe!

1 – O que é patente?

Patente é um documento legal que concede ao inventor ou titular o direito exclusivo de explorar comercialmente sua invenção por um determinado período de tempo. A patente também serve para divulgar a invenção para a sociedade, estimulando o desenvolvimento científico e tecnológico.

2 – Por que se deve registrar uma patente?

Imagine gastar tempo e recursos para desenvolver uma inovação revolucionária apenas para vê-la copiada por outros. O registro de patente confere a você a propriedade exclusiva da sua criação, permitindo que você a explore comercialmente sem o temor de concorrência desleal.

3 – Como funciona o registro da patente?

O registro da patente é feito no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por analisar os pedidos de patentes no Brasil. O processo de registro envolve as seguintes etapas: depósito do pedido, publicação na Revista da Propriedade Industrial (RPI), exame técnico, concessão ou indeferimento da patente.

4 – Como registrar uma patente?

Para registrar uma patente é preciso preencher um formulário eletrônico no site do INPI, anexar os documentos necessários (relatório descritivo, reivindicações, desenhos, resumo e comprovante de pagamento da taxa) e enviar o pedido. O pedido deve conter todas as informações relevantes sobre a invenção, como o problema que ela resolve, a solução proposta, as vantagens em relação ao estado da técnica, os detalhes técnicos e as reivindicações de proteção.

5 – Como fazer uma patente?

Para fazer uma patente é preciso ter uma invenção que atenda aos requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Novidade significa que a invenção não pode ser conhecida em nenhuma parte do mundo, nem divulgada antes do depósito do pedido. Atividade inventiva significa que a invenção não pode ser óbvia para um técnico no assunto. Aplicação industrial significa que a invenção pode ser produzida ou utilizada em qualquer tipo de indústria.

6 – Quem pode fazer uma patente?

Qualquer pessoa física ou jurídica pode obter uma patente, desde que seja o inventor ou o cessionário dos direitos sobre a invenção. O inventor é aquele que concebeu a ideia original da invenção (sempre uma pessoa física). Já o cessionário (requerente ou titular da patente) é aquele que recebeu os direitos sobre a invenção por meio de um contrato de cessão ou de trabalho.

7 – Qual a diferença entre patente e registro?

Patente e registro são formas diferentes de proteger a propriedade intelectual. A patente se aplica às invenções e aos modelos de utilidade (objetos de uso prático que apresentam nova forma ou disposição). O registro se aplica aos desenhos industriais (formas plásticas ornamentais) e às marcas (sinais distintivos).

8 – Qual a diferença entre patente e marca?

Patente e marca representam a proteção de diferentes tipos de ativos intelectuais. A patente se aplica às invenções e aos modelos de utilidade (objetos de uso prático que apresentam nova forma ou disposição). A marca se aplica aos sinais distintivos que identificam produtos ou serviços no mercado (normalmente um nome associado ou não a cores, tipografia, desenhos etc.).

9 – O que é uma patente compartilhada?

Uma patente compartilhada é aquela que tem mais de um titular, ou seja, mais de uma pessoa física ou jurídica que detém os direitos sobre a invenção. A patente compartilhada pode ser resultado de uma parceria, de uma cooperação ou de uma contratação entre os titulares. Este termo também pode ser usado para tratar das patentes depositadas por meio de um tratado internacional chamado PCT, que simplifica o processo de obtenção de proteção patentária em diversos países com um único pedido.

10 – Qual a relação entre patente e propriedade intelectual?

Patente é uma das modalidades de propriedade intelectual, que é o conjunto de direitos que protege as criações do intelecto humano. A propriedade intelectual abrange também outras modalidades, como o direito autoral, que protege as obras literárias, artísticas e científicas; e os cultivares, que protegem as variedades vegetais.

11 – Quais são as patentes mais famosas que existem?

Existem muitas patentes famosas que mudaram o mundo, como a da penicilina, do telefone, da lâmpada, do avião, do rádio, do computador, da internet, do celular, do GPS, do micro-ondas, da televisão, do aspirador de pó, da máquina de lavar roupa, do velcro, do zíper, da escova de dentes, do papel higiênico, do chocolate e do café.

12 – Quais são as patentes brasileiras mais famosas?

O Brasil também tem muitas patentes importantes e inovadoras, como a da urna eletrônica, do biodiesel, da pílula anticoncepcional, da máquina de escrever, do avião 14-Bis, do relógio de pulso digital, da bina (identificador de chamadas), da máquina de cortar cana-de-açúcar, do coração artificial e da vacina contra a meningite.

13 – O que significa o status “patente requerida”?

O status “patente requerida” significa que o pedido de patente foi depositado no INPI e está aguardando análise. Esse status não garante a concessão da patente, nem o direito exclusivo sobre a invenção. Ele apenas indica que o pedido está em andamento e que o inventor pode reivindicar sua autoria.

14 – Posso fazer um pedido de patente sozinho?

Sim, é possível fazer um pedido de patente por conta própria, mas é altamente recomendável buscar a orientação de um profissional especializado. A redação técnica, o cumprimento de requisitos legais e a navegação pelo processo de análise são desafios que um profissional experiente pode ajudar a superar. Um consultor em propriedade intelectual pode garantir que o pedido seja robusto, aumentando significativamente as chances de sua concessão.

Como se pode ver, o tema das patentes é bastante técnico e complexo. Por isso, toda dúvida é pertinente e deve ser esclarecida. É importante saber que existem profissionais especializados e que vale a pena recorrer a um deles para não perder tempo e dinheiro no registro de patentes.

Se você quer saber mais sobre como proteger sua invenção e garantir seus direitos, entre em contato. Como advogada especializada em propriedade intelectual, minha expertise e experiência podem ajudar você a percorrer o caminho mais seguro para proteger a sua invenção.

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Para que serve uma patente e qual a melhor forma de utilizar a ferramenta?

Proteção autoral via Blockchain: o que você precisa saber

Desvendando os segredos de negócios

novembro 13, 2023 0 Comente
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Business

Proteção autoral via Blockchain: o que você precisa saber

de Elisângela Dias Menezes outubro 24, 2023
escrito por Elisângela Dias Menezes

Vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada e digitalizada, na qual a informação e o conhecimento circulam com rapidez e facilidade. Neste cenário, o Direito, como ciência que regula as relações humanas, precisa se adaptar e se atualizar constantemente.

Uma das áreas que mais tem se desenvolvido é o direito digital, que abrange os aspectos jurídicos relacionados ao uso das chamadas TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação). 

Dentro do Direito Digital, um dos temas que tem merecido cada vez mais atenção é o Direito Autoral na Internet, que trata da proteção e utilização das obras intelectuais artísticas, literárias ou científicas em ambiente digital. 

É fato que, com o advento da internet, todos nós nos tornamos potenciais criadores e divulgadores de conteúdos originais, tais como vídeos, textos, imagens e sons. Essas obras são expressões da personalidade e do talento de seus autores e merecem ser reconhecidas e respeitadas.

Registro autoral via blockchain

O Direito Autoral confere a nós, como criadores intelectuais, uma série de direitos morais e patrimoniais sobre as respectivas obras, como o direito de reivindicar a autoria, de publicar, reproduzir, adaptar, licenciar e receber remuneração pelo seu uso. Para garantir esses direitos, é importante que os autores possam comprovar a existência e a originalidade de suas obras, bem como a data de sua criação.

É aí que entra a tecnologia da blockchain, que pode ser definida como um sistema de registro distribuído, seguro e imutável, capaz de permitir a criação e a verificação de transações digitais sem a necessidade de intermediários. A blockchain surgiu inicialmente como a base para as criptomoedas, mas logo se expandiu para outras áreas, inclusive a propriedade intelectual.

O registro autoral via blockchain consiste em inserir na rede uma assinatura digital única da obra, gerada por um algoritmo criptográfico. Essa assinatura é associada a um código identificador (hash) e a um carimbo de tempo (timestamp), que atestam a existência e a autenticidade da obra em determinado momento.

Pelo sistema da blockchain, os dados inseridos na rede ficam armazenados em blocos interligados e validados por uma cadeia de computadores (chamadas de nós), que garantem a integridade e a inviolabilidade do registro.

Vantagens do registro

Entre as vantagens do registro autoral via blockchain, pode-se destacar as seguintes:

  • rapidez — o registro pode ser feito em minutos, sem burocracia ou papelada;
  • economia — o custo do registro é baixo ou nulo, dependendo da plataforma utilizada;
  • segurança — o registro é à prova de fraudes, alterações ou perdas;
  • transparência — o registro é público e verificável por qualquer pessoa;
  • universalidade — o registro vale para qualquer país ou jurisdição.

Empresas prestadoras do serviço

Na esfera internacional, há diversas empresas e organizações que já oferecem o serviço de registro autoral via blockchain, por exemplo a Creativechain, uma plataforma descentralizada que permite aos criadores registrar, distribuir e monetizar suas obras digitais.

Existe também a Binded, uma startup que integra o registro autoral com as redes sociais e os serviços de armazenamento em nuvem. Merecem ainda destaque a Ascribe, uma empresa que utiliza a blockchain para rastrear a proveniência e o histórico das obras de arte digitais, e a Po.et, um protocolo aberto que permite aos editores e criadores gerenciar os direitos autorais de seus conteúdos na internet.

No Brasil, também existem iniciativas que utilizam a blockchain para registrar obras autorais, entre as quais se destacam os serviços da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e das empresas Avctoris, OriginalMy e Registrofácil, entre várias outras que oferecem soluções em blockchain para diversos setores, incluindo o registro autoral de livros, textos, músicas, fotografias e softwares.

Se você é autor ou criador intelectual e quer proteger suas obras na era digital, precisa conhecer e utilizar esses serviços. Se tem dúvida ou dificuldade em fazer isso sozinho, conte comigo. A minha especialização de muitos anos atuando nas áreas da Propriedade Intelectual e do Direito Digital estão ao dispor de todos aqueles que querem proteger os seus direitos de forma dinâmica, simples e atual.

Veja também:

5 informações relevantes sobre ativos intelectuais e capital intelectual

Blockchain – para além das criptomoedas

Qual a diferença entre Propriedade Intelectual e propriedade industrial?

outubro 24, 2023 1 Comente
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BusinessDireito

Fashion Law e os bastidores jurídicos do mundo da moda

de Elisângela Dias Menezes junho 9, 2023
escrito por Elisângela Dias Menezes

O mundo da moda sempre movimentou o Direito, mas nunca se falou tanto no chamado Fashion Law. O chamado Direito da Moda pode ser entendido como um tipo de especialização jurídica focada em solucionar questões relativas à indústria da moda.

Não há definição clara entre os estudiosos se esta área representaria ou não um ramo autônomo do Direito, já que não existe legislação própria para regular o setor, mas o fato é que sua importância econômica, social e cultural é inegável.

Propriedade Intelectual

Moda é arte, cultura, comportamento e, principalmente, indústria e negócio. Suas relações jurídicas são pautadas por diversas áreas do Direito como tributário, trabalhista e ambiental, mas são especialmente influenciadas pela regulamentação de propriedade intelectual.

Interessante notar que vários campos da propriedade intelectual se aplicam ao Fashion Law. Os croquis e projetos de criação das peças, por exemplo, são protegidos por direitos autorais, como manifestação artística cultural. Por sua vez, as roupas em si carregam a proteção do desenho industrial (design de produto), porque são únicas em seus cortes, modelagens, cores e estilos. 

Além disso, certamente cada indústria da moda terá a proteção de sua respectiva marca como forma de agregar valor ao seu trabalho e se diferenciar das concorrentes. Por falar em concorrência, aplicam-se fortemente a este mercado as regras do segredo industrial e da concorrência desleal, reguladas por lei para manter o equilíbrio de mercado.

Fashion Law no Brasil

Assim, pode-se dizer que, no Brasil, o Fashion Law é compreendido como um ramo mercadológico de atuação especializada, regido pela legislação brasileira de forma sistêmica. A especialização está ganhando cada vez mais espaço no mercado devido ao grande número de casos que chegaram aos tribunais envolvendo a indústria da moda.

Um exemplo de caso noticiado pela mídia envolvendo o Fashion Law é a disputa judicial entre uma artesã brasileira e uma empresária americana em 2018. Solange Ferrarini criou um biquíni de crochê que virou sucesso nas areias de Trancoso, na Bahia. Sua peça foi copiada e virou uma marca milionária que ganhou as passarelas e o gosto das celebridades pelo mundo. A situação deu origem a um processo da designer brasileira da marca contra Ipek Irgit, dona da marca Kiini, na justiça americana.

Os mecanismos de proteção previstos no Fashion Law para garantir os direitos dos titulares incluem a aplicação da legislação existente aos casos no dia a dia, visando solucionar situações particulares da indústria da moda.

Fashion Law no Mundo

Um exemplo de conflito jurídico importante envolvendo o mundo da moda foi o caso entre a Forever 21 e a Gucci. A disputa se deu por conta das famosas listras de gorgorão ou “webbing”, consideradas centrais para a identidade da marca. A iniciativa do processo foi da Forever 21, que pediu ao tribunal que não apenas considerasse que não estava infringindo nenhuma das várias marcas registradas de listras da Gucci, mas também invalidasse as marcas registradas. A Gucci, por sua vez, venceu o processo sob alegação de que as ações da Forever 21 representavam “exploração repreensível” e clara violação de suas marcas registradas.

A Forever 21 também se envolveu em outra disputa famosa, com a Puma. No processo judicial, a Puma afirmava que a Forever 21 estava vendendo cópias flagrantes de vários estilos de sapatos da coleção Fenty for Puma de Rihanna e ainda estaria tentando tirar as supostas cópias das prateleiras, mesmo após um juiz federal do distrito central da Califórnia ter rejeitado o pedido por duas vezes. A Forever 21, por sua vez, argumentou que os designs de Rihanna em questão não eram originais o suficiente.

O caso Puma x Forever 21 envolveu violação de patente de design (que é possível nos EUA, mas não no Brasil), violação de marca comercial e violação de direitos autorais. As partes concordaram em fazer um acordo e encerraram o caso mediante recuo das ações concorrenciais da Forever 21.

Estilos únicos

No mundo da moda, até o que pode parecer falta de estilo, faz estilo, movimenta a economia e gera direitos autorais. A praticidade e objetividade na escolha do que vestir se tornaram marca registrada dos executivos Steve Jobs, da Apple, e Mark Mark Zuckerberg, do grupo Meta.

Steve Jobs, para não ter de se preocupar com o que vestir, encomendou um guarda-roupas inteiro de peças simples e idênticas, criando o conceito de uniforme pessoal. O comportamento virou sua marca registrada e passou a ser conhecido como sua “roupa assinatura”.

Claro que a roupa-assinatura de Jobs não era simplesmente “roupa”. As peças, incluindo suas famosas blusas pretas de gola rolê, eram assinadas pelo estilista Issey Miyake. Amigo de Jobs, o estilista foi convidado a criar a sua roupa-assinatura e não fez apenas um guarda-roupas, mas centenas de peças. 

Por sua vez, Mark Zuckerberg seguiu a tendência de Jobs e tornou- se tornou conhecido por vestir sempre camisetas iguais, de cor cinza. Em certa ocasião, ele afirmou que queria “limpar sua vida” para ter de tomar o menor número de decisões possíveis. 

Porém, também as camisetas do executivo do grupo Meta são absolutamente autorais. As peças são feitas à mão pelo estilista italiano Brunello Cucinelli e cada uma delas custa, em média, o correspondente a cerca de R$1400 (mil e quatrocentos reais). Uma prova de que estilo e moda têm relevância econômica e proteção jurídica em todas as tendências de comportamento.

De fato, é muito interessante observar a complexidade das relações jurídicas que envolvem a Fashion Law. Conhecer e exercer direitos nessa área é importante para garantir a proteção dos titulares e promover a justiça na indústria da moda. Além disso, o Fashion Law pode ajudar a promover a sustentabilidade e combater a informalidade na indústria. 

Veja também:

Propriedade Intelectual sobre conhecimentos tradicionais

junho 9, 2023 0 Comente
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