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Empreendedorismo feminino - Sobre a empreendedora que todas somos
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Sobre a empreendedora que todas somos

de Elisângela Dias Menezes novembro 19, 2022
escrito por Elisângela Dias Menezes

Muito se fala no papel de protagonismo e empreendedorismo atualmente atribuído às mulheres. De fato, vivemos uma era de cada vez mais respeito e reconhecimento da capacidade e versatilidade das mulheres no mundo dos negócios.

Que conseguimos gerir grandes empresas e liderar grandes iniciativas, não há a menor dúvida. Por um processo histórico de machismo estrutural, só não tínhamos tido ainda essa oportunidade.

Porém, ouso afirmar que nossas potencialidades vão muito além do horizonte empresarial. Percebo que nós, mulheres, somos dotadas de uma sensibilidade e de uma força interior descomunal. Nosso empreendedorismo nasce como os filhos que geramos: do ventre para o mundo.

Em primeiro lugar, conseguimos com maestria gerir um lar e uma família. Há as menores, formadas por um único e simples amigo canino, ou por um companheiro ou companheira que mora em outra casa. Tem aquelas que são verdadeiras comunidades, grandes e complexas, que envolvem enteados, agregados, filhos, pais e irmãos pelos laços do coração.

Sem dúvida, não é tarefa fácil, mas essa atribuição social desde sempre nos foi delegada e, de uma forma ou de outra, somos as grandes gestoras do lar e da família. Por aqui, não é diferente. Sou filha, esposa, mãe de duas crianças, dois cachorros e administradora de duas casas (não abro mão do meu cantinho no mato). Esses papéis me ensinam, diariamente, valorosas lições sobre organização, paciência, amorosidade, lealdade e especialmente sobre fé, na vida e nas pessoas.

Além disso, nós mulheres sabemos como ninguém formar redes de apoio e promover ações comunitárias. Nascemos para o empreendedorismo social e nos fortalecemos nele. Pode ser uma associação, um templo religioso, um grupo de atividades, de estudos ou mesmo um encontro periódico entre amigas. Nesses espaços, nós nos costuramos, remendamos e nascemos de novo.

Estamos ali, prontas a ajudar, a trocar, a demonstrar solidariedade e compaixão para outras mulheres e para os problemas de nossa comunidade. Falo também por mim. Já fiz diversos trabalhos comunitários, já atuei com crianças e idosos. Me sinto viva e feliz durante as palestras que ministro na casa espírita que frequento, nas conversas dos diversos grupos de amigas e nas aulas de pilates apenas para mulheres. Estou sempre pronta a ajudar alunos, colegas de trabalho e qualquer pessoa que precise de apoio. Percebo, claramente, que isso também é empreender!

Já na vida profissional, a mulher empreende com todo o seu poder e capacidade de entrega e de trabalho. Seja numa grande organização, seja numa pequena empresa ou num empreendimento autônomo, existe um ingrediente que nunca falta: amor pelo que se faz. A empatia é também um diferencial, especialmente naquelas mulheres que conseguiram, mesmo diante das adversidades, desenvolver sua autoestima e autoconfiança.

No mundo do trabalho, sinto que nós mulheres buscamos mais do que o sucesso ou o dinheiro, embora sejamos muito merecedoras de tudo isso. Nós buscamos realização profissional. Queremos ser referência no que fazemos e colocamos nossos corações nessa jornada.

Em todas as atividades profissionais que abracei, eu sempre imprimi a minha marca. Na docência, eu encontrei o espaço salutar da troca de ideias, ancorada no ideal de transformação social que vejo na educação.

Posso dizer que empreendi e empreendo em sala de aula! Oficinas, seminários e atividades criativas são alguns dos recursos frequentemente utilizados para mobilizar os alunos. Já são quase duas décadas de aulas remotas e presenciais, em salas de aula tradicionais, laboratórios, auditórios e corredores. Como diria o saudoso educador Padre Geraldo Magela, numa escola até as paredes educam.

Para além da docência, ainda tem muito mais. Quando descobri as perícias judiciais, me encantei pela arte de estudar os conflitos na busca pela justiça. Trabalhei arduamente nesse projeto. Me juntei a uma associação de classe, estudei, procurei as secretarias, busquei me fazer disponível. Para quem empreende com o coração, o trabalho nunca falta. Aos poucos, fui conquistando o espaço desejado.

Ainda no que se refere à profissão, considero a advocacia preventiva o meu grande empreendimento. É possível para um advogado viver apenas de consultorias? Minha trajetória me prova diariamente que sim. Acredito profundamente no que faço. Vejo que prevenir é construir pontes, estabelecer caminhos seguros e criar laços de confiança. Fui descobrindo gradualmente que a advocacia não precisa estar necessariamente associada ao conflito.

Minha clientela foi construída lentamente. Algumas das empresas, artistas e empreendedores que atendo estão comigo há muitos anos. São relações fortes, profundas, que me ensinam diariamente. Afinal, são amparadas em lealdade e confiança que vêm da força do meu feminino empreendedor.

Há também muitos novos clientes, que chegam de passagem, que aparecem periodicamente ou que vêm para ficar. Eles renovam a minha vida, propõem novos desafios, me estimulam a criar diferentes soluções. Acabo sempre definindo novas rotas para o meu negócio. A advocacia preventiva tem disso: não há rotina, porque a vida lá fora, assim como a minha vida interior, é cheia de surpresas.

Como o tempo da mulher empreendedora rende! Arranjamos braços para tudo isso e para muito mais. Não pode faltar tempo para o autocuidado, para a atividade física, para o lazer e para o descanso. Como verdadeiros polvos, abraçamos tudo o que queremos. Empilhamos pratos na bandeja com a maestria do garçom experiente.

É assim que, sem falsa modéstia, me sinto. Não bastasse tudo o que já faço, resolvi empreender na área digital. Tinha o sonho de ter meus próprios cursos na internet. Queria levar o conhecimento jurídico de forma simples e direta, aplicado ao dia a dia das pessoas. Assim, surgiu a plataforma Powerjus, um projeto que me traz orgulho e alegria.

Com a Powerjus, eu não apenas empreendo, mas ensino outras pessoas a empreender. Busco me empoderar pelo conhecimento jurídico e sinto que estou cumprindo a responsabilidade social que vem com a minha profissão. Sigo em paz na vida, com a alma feminina fortalecida, e buscando contagiar outras mulheres a empreender nas diversas áreas de suas vidas. Nada melhor do que compartilhar o prazer de descobrir a empreendedora que todas somos.

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Sobre Hildebrando Pontes em minha vida

de Elisângela Dias Menezes agosto 23, 2022
escrito por Elisângela Dias Menezes

Sei que os dias estão corridos, e nas cíclicas tarefas do dia a dia deixamos passar alguns detalhes importantes da vida. Mas quero dividir com vocês um momento muito especial, que me fez reviver memórias e caminhos que percorri como pessoa e profissional. 

Ao participar como colaboradora de um livro em homenagem ao Dr. Hildebrando Pontes Neto, “reencontrei” com a Elis estudante. Lembrei, com muito carinho, de cada minuto do lançamento do meu livro. O que esses momentos têm em comum? Meu mestre e amigo estava presente.

Lá no início, para mim, o  Dr. Hildebrando era um mito. O advogado dos grandes artistas das Minas Gerais. O homem que presidiu o extinto Conselho Nacional de Direito Autoral. Um respeitado procurador do ECAD! 

Ainda na graduação, cheguei a pedir estágio no escritório dele, mas por algum motivo não rolou. Assisti a algumas sustentações orais dele no Tribunal de Justiça e me encantei com a defesa inflamada dos direitos autorais. 

O tempo passou. Escolhi fazer carreira na seara do Direito Autoral. Passei a fazer consultorias, fiz mestrado na área, me tornei professora e publiquei meu livro. Fomos oficialmente apresentados pelo nosso editor, o querido Arnaldo Oliveira, da Editora Del Rey. Assim, em 2007, ele foi ao lançamento do meu livro. Que privilégio!

Comecei a fazer perícias sobre o assunto e, esporadicamente, passamos a nos falar a respeito de casos e composições amigáveis dos interesses de nossos respectivos clientes. A essa altura, eu já tinha uma estrada na advocacia preventiva. Quando ele presidiu a Comissão de Propriedade Intelectual da OAB/MG, me convidou para ser membra efetiva. Quanta honra! 

Passamos a conviver mais, organizamos eventos juntos e conversamos sobre muitos assuntos. Nisso, descobri que, para além do mito, havia um colega de militância muito humano, absolutamente simples e sensível. Um escritor de livros infantis! Desde então, me considero sua amiga. Tenho por ele aquela admiração velada, de quem honra a construção de uma relação de respeito, carinho e muita consideração. 

Participar de uma obra coletiva em homenagem mais do que merecida a ele é eternizar esse reconhecimento e me sentir incluída num seleto grupo de autoralistas brasileiros. Até nisso, ele e a vida foram generosos comigo. Eu não podia estar mais feliz e honrada.

Meus sinceros agradecimentos aos colegas de militância Rodrigo Moraes e Leonardo Pontes pelo convite para participar do livro. Deixo também minha eterna gratidão ao Dr. Hildebrando Pontes Neto por existir e por ser quem é! Vida longa ao brilhante advogado, ao amado escritor infantil e ao mito que, sem perder o posto por excelência, ao longo do tempo se tornou um querido amigo.

Dica de leitura:

Estudos de Direito Autoral em Homenagem a Hildebrando Pontes

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